sábado, 17 de junho de 2017

Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa na Ordem da Visitação de Santa Maria da Irmã Maria Margarida dos Santos

Mais uma vez venho partilhar com os irmãos e irmãs, a alegria de retornar ao Mosteiro visitação de Santa Maria em Barbacena, para participar da missa em ação de graças celebrada por Dom Geraldo Lurio da Rocha Arcebispo de Mariana, em comemoração do jubileu de ouro de profissão religiosa da Madre Maria Margarida dos Santos neste dia 14 de junho de 2017. Onde a comunidade reunida neste grande momento, rendeu graças a Deus pai pelo dom da vida da Madre Maria Margarida e ao mesmo tempo pelo seu sim a Deus nesta vida contemplativa.


Dom Geraldo em sua homilia, começou exortando que com certeza no coração da Madre Maria Margarida, fluía aquela bela manifestação de alegria que se encontra no cântico de Maria: “ A minha alma engrandece ao senhor, e meu espírito se alegra em Deus meu salvador, porque ele olhou para humildade de sua serva. ” (Lc 1, 47-48). Ainda em sua reflexão ele dizia, o quanto a humanidade hoje se preocupa em ter do que ser, dizia que vivemos em uma sociedade que enquanto muitos querem o poder acima de tudo e ao mesmo tempo passando por cima de todos, na vida do consagrado e consagrada brota no coração o serviço em quanto na sociedade ecoa a pessoa humana para uma sexualidade desenfreada, na vida dos consagrados (as) ele opta para castidade e pratica o servir.

Falando ainda que em Cristo Jesus modelo de entrega de obediência e serviço, a vontade do pai onde ele existindo em forma divina não se apegou ao ser igual a Deus, mas despojou-se assumindo a forma de escravo e tornando-se semelhante ao ser humano, e encontrado em aspecto humano, humilhou-se fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz (Fl 2, 6-8). Continuando ainda um pouco da partilha de Dom Geraldo, ele dizia que as vidas contemplativas ainda dentro do conceito de alguns cristãos acham que não servem para nada mais ele nos exortou que a vida contemplativa é o pulmão da igreja, e que os mosteiros espalhados pelo mundo são considerados como para-raios, finalizando sua reflexão ele dizia, aquele que não serve para servir não serve para ser servido.

Ainda dentro da celebração eucaristia a Madre Maria Margarida fez sua renovação de seus votos, ao termino da celebração o Arcebispo Dom Geraldo, autorizou a irmã a receber os cumprimentos do povo de Deus que ali se encontrava naquela capela. Logo após também teve um momento de acolhida pelas irmãs do mosteiro com uma confraternização com todos que ali se encontravam, para que a Madre Maria Margarida pudesse também receber o afeto e carinho do povo de Deus. Neste momento também pude por um breve momento externar minha alegria pelo dom da vida da Madre Maria Margarida, e ela me disse que naquele momento ela estava com a mesma alegria, o mesmo entusiasmo de quando fez seus votos, e que faria tudo novamente e que em seu coração brota a alegria de servir ao senhor.

Sendo assim fica aqui o registro de minha alegria de viver estes momentos de celebração ao jubileu de ouro de profissão religiosa, na ordem da Visitação de Santa Maria da Irmã Maria Margarida dos Santos.


Faço votos que o senhor possa me conceder a alegria de ainda participar de mais momentos marcantes como este, e outros que ainda virão no mosteiro da visitação de Santa Maria do Brasil, na cidade de Barbacena – MG. Antes de finalizar irei deixar uma pequena reflexão do Cardeal Robert Sarah, que nos chama a atenção sobre a intercessão e ao mesmo tempo a importância da oração dos monges e monjas.

Tenho certeza que no coração destes consagrados e intensos, e que nós batizados em nossas orações possamos rezar para que as famílias, não sufoque as vocações religiosas em seus lares...  

Se um homem não levanta o seu olhar para Deus, rezando e intercedendo, ele seca e morre para si mesmo. A mesma coisa também se aplica, de um modo semelhante, ao sucesso do trabalho missionário. (…)

A oração dos monges e das freiras é um dos fundamentos mais produtivos da Igreja. Os mosteiros são centros absolutamente prodigiosos de evangelização e missão. A oração ardente e contínua das carmelitas, dos beneditinos, dos cistercienses ou das irmãs da Visitação, para mencionar apenas algumas congregações, ajuda e dá imenso suporte ao trabalho dos sacerdotes. O mundo moderno, e até alguns membros do clero, inebriados pelo seu sentimento de poder, muitas vezes pensam que os monges e as freiras de clausura não servem para nada. Em última análise, é o maior elogio que podemos dar aos contemplativos que se retiraram para trás dos altos muros dos seus claustros: eles não servem a nada aqui na terra; servem apenas a Deus. Este é o simples e bonito segredo das suas orações, que dão suporte a todo o mundo.
Como é que podemos esquecer as palavras de Cristo?

“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que mande trabalhadores para a sua messe. Eis que Eu vos envio como cordeiros em meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho” (Lc 10, 2-4).