terça-feira, 20 de julho de 2010

Sofrimento

"De acordo com a nossa língua é:Padecimento mesmo que doença."

Sendo assim precisamos deixarmos sermos guiados pelo Espírito Santo de Deus,para que através dele está partilha chegue ao nosso coração:Pois bem,no Catecismo da Igreja Católica temos algumas considerações:
A ENFERMIDADE NA VIDA HUMANA:A enfermidade e o sofrimento sempre estiveram entre problemas mais graves da vida humana. Na doença, o homem experimenta sua impotência, seus limites e sua finitude. Toda doença pode fazer-nos entrever a morte.

2º:Significação do Sofrimento,1502 e 1505:
1502-O ENFERMO DIANTE DE DEUS:O homem do Antigo Testamento vive a doença diante Deus. E diante de Deus que ele faz sua queixa sobre a enfermidade, e é dele, o Senhor da vida e da morte, que implora a cura . A enfermidade se toma caminho de conversão e o perdão de Deus de início à cura. Israel chega à conclusão de que a doença, de uma forma misteriosa, está ligada ao pecado e ao mal e que a fidelidade a Deus, segundo sua Lei, dá a vida: “Porque eu sou Iahweh, aquele que te restaura” (Ex 15,26). O profeta entrevê que o sofrimento também pode ter um sentido redentor para os pecados dos outros (Cf Is 53,11). Finalmente, Isaías anuncia que Deus fará chegar um tempo para Si o em que toda falta será perdoada e toda doença ser curada (Cf Is 33,24).
1505-CRISTO - MÉDICO:Comovido com tantos sofrimentos, Cristo não apenas se deixa tocar pelos doentes, mas assume suas misérias: “Ele levou nossas enfermidades e carregou nossas doenças”. Não curou todos os enfermos. Suas curas eram sinais da vinda do Reino de Deus. Anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e a morte por sua Páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre si todo o peso do mal e tirou o “pecado do mundo” (Jo 1,29). A enfermidade não é mais do que uma conseqüência do pecado. Por sua paixão e morte na cruz, Cristo deu um novo sentido ao sofrimento, que doravante pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.

:Sofrimento,consequência do Pecado,1264:
No batizado, porém, certas conseqüências temporais do pecado permanecem, tais como os sofrimentos, a doença, a morte ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de caráter etc., assim como a propensão ao pecado, que a Tradição chama de concupiscência ou, metaforicamente, o “incentivo do pecado” (fomes peccati”): “Deixada para os nossos combates, a concupiscência não é capaz de prejudicar aqueles que, não consentindo nela, resistem com coragem pela graça de Cristo. Mais ainda: 'um atleta não recebe a coroa se não lutou segundo as regras' (2Tm 2,5).

4º:Sofrimento de Jesus,572:
A Igreja permanece fiel à "interpretação de todas as Escrituras" dada por Jesus mesmo antes e também depois de sua Páscoa. "Não era preciso que Cristo sofresse tudo isso e entrasse em sua glória?" (Lc 24,26). Os sofrimentos de Jesus tomaram sua forma histórica concreta pelo fato de ele ter sido "rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas" (Mc 8,31), que o "entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado" (Mt 20,19).

5º:Sofrimento sinais da condição original de Fraqueza humana,2448:
"Sob suas múltiplas formas - extrema privação material, opressão injusta, enfermi dades físicas e psíquicas e, por fim, a morte -, a miséria humana é o sinal manifesto da condição natural da fraqueza em que o homem se encontra após o primei ro pecado e da necessidade de uma salvação. É por isso que ela atrai a compaixão de Cristo Salvador, que quis assumi-la sobre si, identificando-se com os 'mais pequeninos entre seus irmãos'. É também por isso que todos aqueles que ela atinge são objeto de um amor preferencial por parte da Igreja, que, desde as suas origens, apesar das falhas de muitos de seus membros, não dei xou nunca de trabalhar por aliviá-los, defendê-los e libertá-los. Ela o faz por meio de inúmeras obras de beneficência, que continuam a ser, sempre e por toda parte, indispensáveis."

Assim então encontramos no Catecismo da Igreja Católica.Sabemos que o mesmo é pautado na Palavra de Deus ou seja na Bíblia Sagrada.A ela agora recorremos para que possamos ter mais compreensão,desta palavra sofrimento que tanto nos assusta quando não olhamos sobre a ótica do Espírito Santo.
Dentro deste contexto temos alguns personagens da Sagrada Escritura que o sofrimento já é anunciado como na passagem da virgem Maria ao levar Jesus no Templo(Lc 2;34-35):
34.Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: “Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição
35.— e a ti, uma espada traspassará tua alma! — e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações”.


No Antigo testamento no Livro de Daniel encontramos(Dn 3;21-23):
21.Amarraram, pois, Sidrac, Misac e Abdênago vestidos de suas túnicas, calções gorros e outras roupas e os atiraram na fornalha acesa.
22.Como a ordem do rei era rigorosa e o fogo da fornalha exagerado, as labaredas mataram aqueles que se aproximaram para atirar Sidrac, Misac e Abdênago.
23.Os três jovens, entretanto, caíram amarrados dentro da fornalha acesa.

E (Dn 3;46-50):
46.Os funcionários do rei que tinham atirado os três jovens na fornalha, não paravam, contudo de alimentar o fogo com óleo combustível, piche, estopa e gravetos,
47.tanto que as labaredas subiam uns vinte e cinco metros acima da fornalha,
48.alcançando e queimando os caldeus que estavam por perto.
49.O anjo do Senhor, porém, desceu para junto de Azarias e seus companheiros na fornalha. Impeliu as labaredas para fora da fornalha
50.e fez surgir no meio da fornalha um vento úmido refrescante. O fogo não os atingiu nem causou-lhes qualquer incômodo.

Neste contexto nos é apresentado diretamente o sofrimento pessoal,daqueles três e também o sofrimento emocional daqueles que ali estavam as partes Deus como sempre se manifesta na História.São Paulo é aquele que terá que sofrer pelo nome de Jesus(Atos 9;15-22):
15.Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque este homem é um instrumento que escolhi para levar o meu nome às nações pagãs e aos reis, e também aos israelitas.
16.Pois eu vou lhe mostrar o quanto ele deve sofrer pelo meu nome”.
17.Então Ananias saiu, entrou na casa e impôs-lhe as mãos, dizendo: “Saul, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas pela estrada, mandou-me aqui para que tu recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo”.
18.Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas, e ele recobrou a vista. Em seguida, levantou-se e foi batizado.
19.Depois, alimentou-se e recuperou as forças. Saulo passou alguns dias com os discípulos que havia em Damasco
20.e logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus.
21.Os ouvintes ficavam perplexos e comentavam: “Não é este o homem que, em Jerusalém, perseguia com violência os que invocavam esse Nome? E não veio aqui, exatamente, para prendê-los e levá-los aos sumos sacerdotes?”
22.Mas Saulo se fortalecia cada vez mais e deixava confusos os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo.

Jesus também nos lembra(Lc 14;27):
27.Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo.

E a palavra continua a nos Exortar (Rm 5;1-5):
1.Assim, pois, justificados pela fé, estamos em paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.
2.Por ele, não só tivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes, mas ainda nos ufanamos da esperança da glória de Deus.
3.E não só isso, pois nos ufanamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância,
4.a constância leva a uma virtude provada e a virtude provada desabrocha em esperança.
5.E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

(Rm 8;35-36):
35.Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada?
36.Pois está escrito: “Por tua causa somos entregues à morte, o dia todo; fomos tidos como ovelhas destinadas ao matadouro”.


(ICor 10;13):
13.Não tendes sido provados além do que é humanamente suportável. Deus é fiel, e não permitirá que sejais provados acima de vossas forças. Pelo contrário, junto com a provação ele providenciará o bom êxito, para que possais suportá-la.

(ITes 5;16-18):
16.Estai sempre alegres.
17.Orai continuamente.
18.Dai graças, em toda e qualquer situação, porque esta é a vontade de Deus, no Cristo Jesus, a vosso respeito.

São Tiago também nos lembra (Tg 1;2-5):
2.Considerai uma grande alegria, meus irmãos, quando tiverdes de passar por diversas provações,
3.pois sabeis que a prova da fé produz em vós a constância.
4.Ora, a constância deve levar a uma obra perfeita: que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.
5.Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada.

(Eclo 2;1-6):
1.Filho, se te apresentas para servir ao Senhor, * { permanece na justiça e no temor e } prepara tua alma para a provação.
2.Mantém o teu coração firme e sê constante, * { inclina teu ouvido e acolhe as palavras inteligentes, } e não te afobes no tempo da contrariedade.
3.* { Suporta as demoras de Deus, } agarra-te a ele e não o largues, para que sejas sábio em teus caminhos.
4.Tudo o que te acontecer, aceita-o, e sê constante na dor; na tua humilhação tem paciência,
5.pois é no fogo que o ouro e a prata são provados e, no cadinho da humilhação, os que são agradáveis † a Deus.
6.Crê em Deus, e ele cuidará de ti; espera nele, e dirigirá os teus caminhos; * { conserva seu temor, e nele permanece até à velhice. }

É Finalizando está partilha Santo Estevão ensina-nos mesmo no sofrimento testemunhar a nossa fé e ao mesmo tempo age de misericórdia aprendemos deste primeiro Mártire de Nossa Igreja a imitarmos o mestre Nosso Senhor e salvador Jesus Cristo(Atos 7;54-60):
54.Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão.
55.Cheio do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e viu a glória de Deus; e viu também Jesus, de pé, à direita de Deus.
56.Ele disse: “Estou vendo o céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.
57.Mas eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão;
58.arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo,
59.e apedrejavam Estêvão, que exclamava: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”.
60.Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. Com estas palavras, adormeceu.

Diante de tudo isso meu Irmão minha Irmã qual é o seu Sofrimento?.

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