segunda-feira, 4 de julho de 2011

ORAÇÃO


Sabemos que no mundo que vivemos,necessitamos muito de oração.Ao trazer este tema para partilha,antes de conhecer o significado da palavra oração,inicio com uma bela jaculatória do Padre Maximiliano Kolbe,que dizia:


'A ORAÇÃO FAZ,RENASCER O MUNDO.
REZEMOS BEM,REZEMOS MUITO.

Assim nosso coração si abre,para que de fato saibamos vivenciar tal realidade.
A palavra oração:Ela vêm de "ORAR"que vem do latim "ORARE" de os.
Em nossa língua:oração 1.Súplica Religiosa;Reza;Prece,Rogo.2.Discurso,Fala.3.Sermão,Prédica.
Dando continuidade iremos neste momento,fazer com que através da força consoladora do Espírito Santo de Deus,venha nuns dando o Entendimento necessário,para o desenrolar,do tema proposto.
Na palavra de Deus em Gênesis,Abrão ora,Intercede,mostrado-nos como fazer :

16.Os homens levantaram-se e voltaram os olhos em direção de Sodoma. Abraão os acompanhava para deles se despedir.
17.O SENHOR disse consigo: “Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer?
18.Pois Abraão virá a ser uma nação grande e forte, e nele serão abençoadas todas as nações da terra.
19.De fato, eu o escolhi para que ensine seus filhos e sua casa a guardarem os caminhos do SENHOR, praticando a justiça e o direito, a fim de que o SENHOR cumpra a respeito de Abraão o que lhe prometeu”.
20.Então o SENHOR disse: “O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado.
21.Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim”.
22.Partindo dali, os homens se dirigiram a Sodoma, enquanto Abraão ficou ali na presença do SENHOR.
23.Então, aproximando-se, Abraão disse: “Vais realmente exterminar o justo com o ímpio?
24.Se houvesse cinqüenta justos na cidade, acaso os exterminarias? Não perdoarias o lugar por causa dos cinqüenta justos que ali vivem?
25.Longe de ti proceder assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio! Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?”
26.O SENHOR respondeu: “Se eu encontrar em Sodoma cinqüenta justos, perdoarei por causa deles a cidade inteira”.
27.Abraão prosseguiu e disse: “Sou bem atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza.
28.Se dos cinqüenta justos faltarem cinco, destruirás por causa dos cinco a cidade inteira?” O SENHOR respondeu-lhe: “Não a destruirei se achar ali quarenta e cinco justos”.
29.Insistiu ainda Abraão e disse: “E se forem só quarenta?” Ele respondeu: “Por causa dos quarenta, não a destruirei”.
30.Abraão tornou a insistir: “Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se não houver mais do que trinta justos?” Ele respondeu: “Também não o farei se encontrar somente trinta”.
31.Tornou Abraão a insistir: “Já que me atrevi a falar a meu Senhor: e se houver apenas vinte justos?” Ele respondeu: “Não a destruirei, por causa dos vinte”.
32.E Abraão disse: “Que meu Senhor não se irrite, se falar só mais uma vez: e se houver apenas dez?” E ele respondeu: “Por causa dos dez, não a destruirei”.
33.Tendo acabado de falar a Abraão, o SENHOR partiu, e Abraão voltou para sua tenda.(Gn 18)


A oração de Abrão abri-nos,um leque para sermos insistentes em nossas orações, e estarmos constantemente em interseção.
No Catecismo da Igreja Católica,encontramos varias citações sobre oração
Sta-Teresa do menino Jesus,dizia:"A ORAÇÃO?PARA MIM,É UM IMPULSO DO CORAÇÃO,É UM SIMPLES OLHAR LANÇADO AO CÉU,UM GRITO DE RECONHECIMENTO E AMOR NO MEIO DA PROVAÇÃO OU NO MEIO DA ALEGRIA.
Bem sabemos que quando nuns referimos a oração,temos diversos conceito sobre a mesma,sendo assim estaremos dividido em varias parte,sobre este assunto por sinal bem extenso. Passemos agora para algumas considerações do Catecismo:

A oração como dom de Deus

§2559 "A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes. De onde falamos nós, ao rezar? Das alturas de nosso orgulho e vontade própria, ou das "profundezas" (Sl 130,1) de um coração humilde e contrito? Quem se humilha será exaltado. A humildade é o fundamento da oração. "Nem sabemos o que seja conveniente pedir" (Rm 8,26). A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus.

2560. «Se conhecesses o dom de Deus!» (Jo 4, 10). A maravilha da oração revela-se precisamente, à beira dos poços aonde vamos buscar a nossa água: aí é que Cristo vem ao encontro de todo o ser humano; Ele antecipa-Se a procurar-nos e é Ele que nos pede de beber. Jesus tem sede, e o seu pedido brota das profundezas de Deus que nos deseja. A oração, saibamo-lo ou não, é o encontro da sede de Deus com a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede d'Ele (5).

2561. «Tu é que Lhe terias pedido e Ele te daria água viva» (Jo 4, 10). Paradoxalmente, a nossa oração de súplica é uma resposta. Resposta ao lamento do Deus vivo: «Abandonou-Me a Mim, nascente de águas vivas, e foi escavar cisternas fendidas» (Jr 2, 13); resposta de fé à promessa gratuita da salvação (6); resposta de amor à sede do Filho Único (7).

A ORAÇÃO COMO ALIANÇA

2562. De onde procede a oração do homem? Seja qual for a linguagem da oração (gestos e palavras), é o homem todo que ora. Mas para designar o lugar de onde brota a oração, as Escrituras falam às vezes da alma ou do espírito ou, com mais frequência, do coração (mais de mil vezes). É o coração que ora. Se ele estiver longe de Deus, a expressão da oração será vã.

2563. O coração é a morada onde estou, onde habito (e segundo a expressão semítica ou bíblica, aonde eu «desço»). É o nosso centro oculto, inapreensível, quer para a nossa razão quer para a dos outros: só o Espírito de Deus é que o pode sondar e conhecer. E o lugar da decisão, no mais profundo das nossas tendências psíquicas. É a sede da verdade, onde escolhemos a vida ou a morte. É o lugar do encontro, já que, à imagem de Deus, vivemos em relação: é o lugar da aliança.

2564. A oração cristã é uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. É acção de Deus e do homem; jorra do Espírito Santo e de nós, toda orientada para o Pai, em união com a vontade humana do Filho de Deus feito homem.

A ORAÇÃO COMO COMUNHÃO

2565. Na Nova Aliança, a oração é a relação viva dos filhos de Deus com o seu Pai infinitamente bom, com o seu Filho Jesus Cristo e com o Espírito Santo. A graça do Reino é «a união de toda a Santíssima Trindade com a totalidade do espírito» (8). Assim, a vida de oração consiste em estar habitualmente na presença do Deus três vezes santo e em comunhão com Ele. Esta comunhão de vida é sempre possível porque, pelo Baptismo, nos tornámos um só com Cristo (9). A oração écristã na medida em que for comunhão com Cristo, dilatando-se na Igreja que é o seu corpo. As suas dimensões são as do amor de Cristo (10).

A REVELAÇÃO DA ORAÇÃO

O apelo universal à oração

2566. O homem anda à procura de Deus. Pela criação, Deus chama todos os seres do nada à existência. Coroado de glória e esplendor (1), o homem, depois dos anjos, é capaz de reconhecer «que o nome do Senhor é grande em toda a terra» (2). Mesmo depois de, pelo pecado, ter perdido a semelhança com Deus, o homem continua a ser à imagem do seu Criador. Conserva o desejo d'Aquele que o chama à existência. Todas as religiões testemunham esta busca essencial do homem (3).

2567. Mas é Deus que primeiro chama o homem. Muito embora o homem se esqueça do seu Criador ou se esconda da sua face, corra atrás dos ídolos ou acuse a divindade de o ter abandonado, o Deus vivo e verdadeiro chama incansavelmente cada pessoa ao misterioso encontro da oração. Na oração, é sempre o amor do Deus fiel a dar o primeiro passo; o passo do homem é sempre uma resposta. A medida que Deus Se revela e revela o homem a si mesmo, a oração surge como um apelo recíproco, um drama de aliança. Através das palavras e dos actos, este drama compromete o coração e manifesta-se ao longo de toda a história da salvação.

NO ANTIGO TESTAMENTO

2568. A revelação da oração no Antigo Testamento inscreve-se entre a queda e o levantar-se do homem, entre o doloroso chamamento de Deus pelos seus primeiros filhos: «Onde estás? [...] Porque fizeste isso?» (Gn 3, 9,13), e a resposta do Filho único, ao entrar neste mundo: «Eis que venho, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade» (Heb 10, 7) (4). A oração está assim ligada à história dos homens; é a relação com Deus nos acontecimentos da história.

A CRIAÇÃO – FONTE DA ORAÇÃO

2569. Antes de mais, é a partir das realidades da criação que a oração se vive. Os nove primeiros capítulos do Génesis descrevem esta relação com Deus como oferta das primeiras crias do rebanho por Abel (5), como invocação do nome divino por Henoc (6), como «caminhada com Deus» (7). A oferenda de Noé é «agradável» a Deus que o abençoa e, através dele, abençoa toda a criação (8) porque o seu coração é justo e íntegro. Também ele «anda com Deus» (Gn 6, 9). Esta qualidade da oração é vivida por uma multidão de justos em todas as religiões.

Na sua aliança indefectível com os seres vivos (9), Deus está sempre a chamar os homens para lhe rezarem. Mas é sobretudo a partir do nosso pai Abraão que a oração se revela no Antigo Testamento.

A PROMESSA E A ORAÇÃO DA FÉ

2570. Quando Deus o chama, Abraão parte «como o Senhor lhe tinha mandado» (Gn 12, 4). O seu coração está completamente «submetido à Palavra»: ele obedece. A escuta do coração que se decide em conformidade com Deus é essencial à oração; as palavras têm um valor relativo. Mas a oração de Abraão exprime-se, antes de mais, em actos: homem de silêncio, constrói, em cada etapa, um altar ao Senhor. Só mais tarde é que aparece a sua primeira oração por palavras: uma queixa velada que lembra a Deus as suas promessas que não parecem cumprir-se (10). Assim nos aparece, desde o princípio, um dos aspectos do drama da oração: a prova da fé na fidelidade de Deus.

2571. Tendo acreditado em Deus (11) caminhando na sua presença e em aliança com Ele (12), o patriarca está pronto para acolher na sua tenda o Hóspede misterioso: é a admirável hospitalidade de Mambré, prelúdio da Anunciação do verdadeiro Filho da promessa (13). Desde então, tendo-lhe Deus confiado o seu desígnio, o coração de Abraão fica em sintonia com a compaixão do seu Senhor pelos homens e ousa interceder por eles com uma confiança audaciosa (14).

2572. Como última purificação da sua fé, é pedido ao «depositário das promessas» (Heb 11, 17) que sacrifique o filho que Deus lhe deu. A sua fé não vacila: «Deus proverá quanto ao cordeiro para o holocausto» (Gn 22, 8), «porque Deus, pensava ele, é capaz até de ressuscitar os mortos»(Heb 11, 19). E assim, o pai dos crentes conformou-se com a semelhança do Pai que não poupará o seu próprio Filho, mas O entregará por todos nós (15). A oração restaura o homem na semelhança com Deus e fá-lo participante no poder do amor de Deus que salva a multidão (16).

2573. Deus renova a sua promessa a Jacob, o antepassado das doze tribos de Israel (17). Antes de enfrentar o seu irmão Esaú, ele luta durante uma noite inteira com «alguém», um ser misterioso que se nega a revelar o seu nome, mas que o abençoa, antes de o deixar, ao raiar da aurora. Atradição espiritual da Igreja divisou nesta narrativa o símbolo da oração como combate da fé e vitória da perseverança (18).

MOISÉS E A ORAÇÃO DO MEDIADOR

2574. Quando começa a realizar-se a promessa (a Páscoa, o Êxodo, o dom da Lei e a conclusão da Aliança), a oração de Moisés é a tocante figura da oração de intercessão, que terá a sua realização no «Mediador único entre Deus e os homens, Cristo Jesus» (1 Tm 2, 5).

2575. Também aqui, a iniciativa é de Deus. Ele chama Moisés do meio da sarça ardente (19). Este acontecimento ficará como uma das figuras primordiais da oração na tradição espiritual judaica e cristã. Com efeito, se «o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob» chama o seu servo Moisés, é porque Ele é o Deus vivo, que quer a vida dos homens. Revela-Se para os salvar, mas não sozinho nem apesar deles: chama Moisés para o enviar, para o associar à sua compaixão, à sua obra de salvação. Há como que uma imploração divina nesta missão e Moisés, após um longo debate, conformará a sua vontade com a de Deus salvador. Mas neste diálogo em que Deus Se confia, Moisés também aprende a orar: esquiva-se, objecta e, sobretudo, interroga. E é em resposta à sua pergunta que o Senhor lhe confia o seu Nome inefável, o qual se revelará nas suas magníficas proezas.

2576. «O Senhor falava com Moisés frente a frente, como um homem fala com o seu amigo» (Ex33, 11). A oração de Moisés é o tipo da contemplação, graças à qual o servo de Deus se mantém fiel à sua missão. Moisés «conversa» muitas vezes e demoradamente com o Senhor, subindo à montanha para O ouvir e O implorar, descendo depois até junto do povo para lhe repetir as palavras do seu Deus e o guiar. «Eu estabeleci-o sobre toda a minha casa! Falo com ele frente a frente, à vista e não por enigmas» (Nm 12, 7-8), porque «Moisés era um homem deveras humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra (Nm 12, 3).

2577. Nesta intimidade com o Deus fiel, lento em irar-Se e cheio de amor (20), Moisés hauriu a força e a tenacidade da sua intercessão. Ele não ora por si, mas pelo povo que Deus adquiriu para Si. Já durante o combate com os amalecitas (21) ou para obter a cura de Miriam (22), Moisés foi intercessor. Mas foi sobretudo após a apostasia do povo que ele «se mantém na brecha» diante de Deus (Sl 106, 23), para salvar o mesmo povo (23). Os argumentos da sua oração (a intercessão também é um combate misterioso) irão inspirar a audácia dos grandes orantes, tanto do povo judaico como da Igreja: Deus é amor e, portanto, é justo e fiel; Ele não pode contradizer-Se; há-de, por conseguinte, lembrar-Se das suas acções maravilhosas; está em jogo a sua glória; Ele não pode abandonar o povo que tem o seu nome.

DAVID E A ORAÇÃO DO REI

2578. A oração do povo de Deus vai expandir-se à sombra da morada de Deus: a arca da aliança e, mais tarde, o templo. São, em primeiro lugar os condutores do povo – os pastores e os profetas – que o ensinarão a orar. O pequeno Samuel teve de aprender de Ana, sua mãe, o modo como devia «comportar-se na presença do Senhor» (24), e do sacerdote Eli, como devia escutar a sua Palavra: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta» (1 Sm 3, 9-10). Mais tarde, também ele conhecerá o peso e o preço da intercessão: «Longe de mim também este pecado contra o Senhor: deixar de rogar por vós! Eu vos mostrarei sempre o caminho bom e recto» (1 Sm 12, 23).

2579. David é, por excelência, o rei «segundo o coração de Deus», o pastor que ora pelo seu povo e em nome dele, aquele cuja submissão à vontade de Deus, cujo louvor e cujo arrependimento serão o modelo da oração do povo. Ungido de Deus, a sua oração é adesão fiel à promessa divina (25), confiança amorosa e alegre n'Aquele que é o único Rei e Senhor. Nos salmos, inspirado pelo Espírito Santo, David é o primeiro profeta da oração judaica e cristã. A oração de Cristo, verdadeiro Messias e Filho de David, há-de revelar e dar pleno sentido dessa oração.

2580. O templo de Jerusalém, a casa de oração que David queria construir, será obra do seu filho Salomão. A oração da Dedicação do templo (26) apoia-se na promessa de Deus e na sua aliança, na presença activa do seu nome no meio do seu povo e na memória das magníficas proezas do êxodo. O rei levanta então as mãos para o céu e suplica ao Senhor por si próprio, por todo o povo, pelas gerações futuras, pelo perdão dos seus pecados e pelas suas necessidades de cada dia, para que todas as nações saibam que Ele é o único Deus e o coração do seu povo Lhe pertença inteiramente.

ELIAS, OS PROFETAS E A CONVERSÃO DO CORAÇÃO

2581. O templo devia ser, para o povo de Deus, o lugar da sua educação para a oração: as peregrinações, as festas, os sacrifícios, a oblação vespertina, o incenso, os «pães da proposição», todos esses sinais da santidade e da glória do Deus altíssimo e tão próximo, eram apelos e caminhos de oração. Muitas vezes, porém, o ritualismo arrastava o povo para um culto demasiadamente exterior. Faltava-lhe a educação da fé e a conversão do coração. Foi essa a missão dos profetas, antes e depois do Exílio.

2582. Elias é o pai dos profetas, da geração dos que procuram a Deus, dos que procuram a face do Deus de Jacob (27). O seu nome – «O Senhor é o meu Deus» – é prenúncio do grito do povo em resposta à sua oração no monte Carmelo (28). São Tiago remete para ele quando nos incita à oração: «Muito pode a oração persistente dum justo» (Tg 5, 16) (29).

2583. Depois de ter aprendido a misericórdia no seu retiro na torrente de Querit, ensina à viúva de Sarepta a fé na Palavra de Deus, fé que ele confirma com a sua oração insistente: Deus faz voltar à vida o filho da viúva (30).

Aquando do sacrifício no monte Carmelo, prova decisiva para a fé do povo de Deus, é em resposta à sua súplica que o fogo do Senhor consome o holocausto, «à hora de oferecer o sacrifício da tarde». «Responde-me, Senhor, responde-me!» são as palavras de Elias, que as liturgias orientais retomam na epiclese eucarística (31).

Finalmente, retomando o caminho do deserto em direcção ao lugar onde o Deus vivo e verdadeiro Se revelou ao seu povo, Elias recolheu-se, como Moisés, «na cavidade do rochedo», até «passar» a presença misteriosa de Deus (32). Mas será somente no monte da transfiguração que Se mostrará sem véu Aquele cuja face eles procuravam (33): o conhecimento da glória de Deus está na face de Cristo, crucificado e ressuscitado (34).

2584. É no «a sós com Deus» que os profetas vão haurir luz e força para a sua missão. A sua oração não é uma fuga do mundo infiel, mas uma escuta da Palavra de Deus, às vezes um debate ou uma queixa e sempre uma intercessão que espera e prepara a intervenção do Deus Salvador, Senhor da história (35).

OS SALMOS, ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA

2585. De David até à vinda do Messias, os livros sagrados contêm textos de oração que atestam como esta se foi tornando mais profunda, quer feita em favor de si mesmo quer pelos outros (36). Os salmos foram a pouco e pouco reunidos numa colectânea de cinco livros: os Salmos (ou «Louvores»), obra-prima da oração no Antigo Testamento.

2586. Os salmos nutrem e exprimem a oração do povo de Deus enquanto assembleia, por ocasião das grandes festas em Jerusalém e em cada sábado nas sinagogas. Esta oração é inseparavelmente pessoal e comunitária; diz respeito aos que a fazem e a todos os homens; sobe da Terra Santa e das comunidades da Diáspora, mas abraça toda a criação; recorda os acontecimentos salvíficos do passado, mas estende-se até à consumação da história; faz memória das promessas de Deus já realizadas, mas espera o Messias que as cumprirá definitivamente. Rezados por Cristo e n'Ele realizados, os salmos continuam a ser essenciais para a oração da sua Igreja (37).

2587. O Saltério é o livro em que a Palavra de Deus se torna oração do homem. Nos outros livros do Antigo Testamento, «as palavras declaram as obras» (de Deus a favor dos homens) «e esclarecem o mistério nelas contido» (38). No Saltério, as palavras do salmista exprimem, cantando-as para Deus, as suas obras de salvação. É o mesmo Espírito que inspira, tanto a obra de Deus, como a resposta do homem. Cristo unirá uma e outra. N'Ele, os salmos não cessam de nos ensinar a orar.

2588. As expressões multiformes da oração dos salmos tomam forma, ao mesmo tempo, na liturgia do templo e no coração do homem. Quer se trate dum hino, duma oração de aflição ou de acção de graças, de súplica individual ou comunitária, dum cântico real ou de peregrinação, ou ainda duma meditação sapiencial, os salmos são o espelho das maravilhas de Deus na história do seu povo e das situações humanas vividas pelo salmista. Um salmo pode reflectir um acontecimento do passado, mas reveste-se de tal sobriedade que pode com verdade ser rezado pelos homens de qualquer condição e de todos os tempos.

2589. Há traços constantes e comuns a todos os salmos: a simplicidade e a espontaneidade da oração; o desejar Deus em pessoa, através e com tudo o que é bom na sua criação; a situação desconfortável do crente que, no seu amor de preferência pelo Senhor, tem de se confrontar com uma multidão de inimigos e de tentações; a certeza do seu amor e a entrega à sua vontade, enquanto espera o que o Deus fiel fará. A oração dos salmos é sempre animada pelo louvor; e é por isso que o título desta colectânea corresponde bem ao que ela nos oferece: «Os Louvores». Coligida para o culto da assembleia, faz-nos ouvir o apelo à oração e canta a resposta ao mesmo apelo: «Hallelou-Ya» (Aleluia)! «Louvai ao Senhor!».

«Haverá coisa melhor que um salmo? É por isso que David diz, e muito bem: "Louvai o Senhor, porque salmodiar é bom: para o nosso Deus, louvor suave e belo!" E é verdade. Porque o salmo é uma bênção cantada pelo povo, louvor de Deus cantado pela assembleia, aplauso de todos, palavra universal, voz da Igreja, melodiosa profissão de fé...» (39).

Assim estamos finalizando esta primeira parti,sobre a oração,na certeza que as que estarão por vir,alegrara ainda mais nossa condição, de Filhos e filhas de Deus,nesta caminhada rumo a Igreja celeste.

Façamos a oração de compromisso com a palavra de Deus.

Senhor crei que a tua palavra é vida,e que é ela que gera a tua vida em mim.

Por isso,quero agora me comprometer a ler a tua palavra,meditá-la e vivê-la todos os dias.

Dá-me,Senhor,a luz do teu Espírito para que ela revele em mim a tua verdade e transforme o meu coração.

Maria,Mãe de Jesus e minha Mãe,

Ajuda-me a viver este compromisso

Que agora faço na presença de Jesus.Amém

"Concedei a vosso servo esta graça:que eu viva guardando vossas palavras"



2 comentários:

  1. A oração é o meio de nos comunicarmos com Deus. É onde entramos em profunda comunhão e intimidade com o Senhor, onde apresentamos nossas necessidades através de súplicas. Porém , sabendo que somos humanos e precisamos de um intercessor, que nos auxilie em nossas fraquezas. Por esta razão devemos pedir que venha sobre nós o Espírito Santo, o Paráclito. Como exemplo da eficácia da oração temos em Atos 12, 1- 11, uma passagem, onde o rei Herodes mandou matar Tiago e prender Pedro, o apóstolo, , pois isso agradava aos Judeus. Sendo Pedro colocado na prisão sob a guarda de quatro grupos de soldados. Enquanto Pedro estava na prisão, a igreja rezava a Deus por Ele. Na mesma noite, quando Pedro dormia, apareceu um anjo do Senhor e uma forte luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro e mandou que ele se levantasse, então as correntes caíram das mãos. O anjo falou para ele o seguir, Pedro acompanhou-o, achando que era uma visão. Ao chegarem no portão de ferro, este abriu sozinho e o anjo o conduziu por uma rua, libertando Pedro da prisão. Pedro caiu em si e disse: Agora sei , de fato , que o Senhor enviou o Seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo Judeu esperava. Irmãos, fiz questão de relatar este fato bíblico, para compreendermos o poder da oração e para percebermos que o Senhor quer que apresentemos nossos pedidos e tenhamos fé que estamos sendo atendidos, entregando todas as preocupações do dia a dia em Suas mãos , acreditando que Ele agirá segundo a Sua vontade, em nossas vidas. Quero agradecer a João por sua dedicação em nos lembrar, desta forte arma contra o inimigo, que é a oração. Bjss no seu coração e em sua linda família. Obrigada!!!

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